THE COLOR PURPLE
No inicio do século XX, a mulher era conceituada como sendo diferente do homem, considera inferior não só na questão do gênero/sexo, mas também nos outros os aspectos da vida, o homem sempre esteve em condição superior à da mulher a qual tinha seu lugar garantido apenas na cozinha, no cuidado com os filhos e na cama de seu marido quando ele ordenava. A mulher quase sempre aceitou a condição a ela imposta. Porém algumas mulheres decidiram mudar essa história. A Cor Púrpura da escritora feminista Alice Walker retrata a trajetória de luta de mulheres negras em busca de liberdade de pensamento e ação.
O romance A Cor Púrpura retrata a realidade da mulher negra norte-americana do Sul dos Estados Unidos, assim como acontece com a protagonista, muitas mulheres sofreram com a segregação e o poder patriarcal, no entanto houve um momento em que a mulher decidiu se libertar dessa opressão, e esse é o objetivo desse trabalho de pesquisa, descobrir em que momento e porque a mulher negra norte-americana decide lutar por sua liberdade.
A obra traz a transformação da protagonista através da amizade de outras mulheres com perfis diferentes, mas personalidades marcantes, Nettie, Shug e Sofia, cada qual à sua maneira contribui para a reconstrução da identidade de Celie. As personagens femininas da obra reportam a luta das mulheres afro-americanas para romper com o silêncio e quebrar os padrões do sistema patriarcal e da hegemonia racial. De acordo com os estudos de grandes teóricos sobre identidade, gênero e sexo, a protagonista de A Cor Púrpura se enquadra perfeitamente em seus pressupostos. As diferentes identidades das personagens femininas Nettie, Shug e Sofia, se misturam para formar a identidade da protagonista Celie.
Em alusão à obra Frankenstein da escritora Mary Sheley, onde há a construção do sujeito a partir de fragmentos. O romance A Cor Púrpura, mostra a reconstrução do sujeito fragmentado. Celie é uma mulher fragmentada após sofrer situações de