O negro na politica
No campo político os negros tiveram papel de destaque em todas as revoluções brasileiras. Na Conjuração Baiana, que propunha uma nova ordem para o Brasil Colônia: República, igualdade, fraternidade, liberdade, abolição dos escravos, comércio livre entre todos os povos, um salário mais elevado para os soldados, promoção para os oficiais, colaboração entre as classes, fundação de uma igreja brasileira desligada da Cúria romana, etc. Ideias que favoreciam principalmente as classes populares, negros e escravos.
Na lista dos implicados e registrados nos Autos da Devassa da Conjuração Baiana, encontra-se um número significativo de pessoas identificadas como pardos, pardos livres, pardos escravos, escravos, pardos alfaiates e pardos forros.
No período regencial a cena política continuou conturbada. Várias revoltas eclodiram pelo país. Eram províncias querendo maior autonomia, lutas para a implementação da República, insatisfação de proprietários rurais com o governo regencial, levantes populares, além de divergências entre portugueses e brasileiros.
Entre as revoltas da época regencial, podemos destacar aSabinada (1834-1837 - Bahia); a Guerra dos Farrapos (1835-1845 - Sul do país); a Cabanagem (1835-1840 - Pará); e a Balaiada (1838-1841 - Maranhão).
Na Balaiada e na Cabanagem, a participação de negros foi importante não só em termos numéricos como também em termos de liderança. Na Balaiada, por exemplo, dois dos seus líderes negros vão ter importância fundamental:Raimundo Gomes e Cosme Bento das Chagas.
No final do século XIX e início do XX, outros personagens negros marcaram o pensamento brasileiro. Entre eles:Tobias Barreto, jurista, poeta e filósofo; os filósofos Tito Lívio de Castro e Farias Brito; o romancista Teixeira e Souza; a poetisa Auta de Souza; o psiquiatra Juliano Moreira; o teólogo e poeta Dom Silvério Gomes Pimenta; a romancista Maria Firma dos Reis; eMachado de Assis; entre outros.
Na República Velha e na Nova, o negro