o naufrágio do capitalismo
Embora o fetiche estivesse presente em todas as civilizações, somente na era moderna conseguiu , através da sua representação máxima , um grau de totalidade presente em todos os momentos da existência social . Criou-se um mundo onde os deuses antigos foram substituído por um único deus – o dinheiro !
Isto resultou em um tipo de sociedade que não tem consciência de si mesma, não sabe e não vive diretamente a sua própria forma de socialização, tendo que “representá-la” simbolicamente em um objecto externo, que em ultima estância, materializa-se através da mercadoria . É o reino da vida -não- vivida e da pura contemplação da moderna sociedade de consumo !
Um mundo que cultua o progresso e a competividade como instrumentos da felicidade mas que vive em uma crise constante que o aproxima da barbárie !
Esta forma de viver, levou a humanidade , através do avanço da ciência e da técnica associada a produção de bens, a criar um ciclo na existência do planeta que podemos chamar de antropoceno , que diferente dos outros ciclos geológicos, tem o homem, através do capitalismo, como principal agente.
Interferindo fortemente no ecosistema , alterando os processos climáticos e geológicos, este modo de produção , devido a sua natureza predatória levou o planeta a uma catástrofe ambiental que põe em risco a existência de grandes parcelas de seres vivos, incluindo -se aí a própria humanidade .
Um mundo que poderá entrar em vias de extinção ( pelo menos para nós ) !
Dissociado da natureza , buscou o homem dominá-la , não se dando conta que ele mesmo se fez sujeito da lógica da mercadoria, sendo,portanto, por ela dominado .
Na verdade, trocou apenas de senhor! Um senhor que pode levá-lo a extinção se tal processo não for estancado !