O nascimento do poder cientifico
Laville e Dionne, no texto “O nascimento do saber científico”, defendem a tese de que para sobreviver e facilitar sua existência, o ser humano confrontou-se com a necessidade de dispor do saber e construí-lo por si só. Das diversas maneiras do conhecimento construídas a mais eficaz é a pesquisa científica. No entanto, os antigos meios de conhecer coexistem com o método cientifico. Os autores afirmam que o objetivo da pesquisa é conhecer o funcionamento das coisas, para controlá-las, e fazer previsões a partir daí. A primeira forma de conhecimento pontuada pelos autores é o saber espontâneo. Este é elaborado a partir da experiência e observações pessoais para serem reutilizados com o intuito de facilitar a vida, eles inferem uma generalização.
Dentre os saberes espontâneos aparece à intuição que é um saber construído e aceito pela primeira compreensão que vem a mente, suas explicações intuitivas, ou espontâneas são chamadas de “senso comum”, às vezes de “simples bom senso”. Sendo que o senso comum advém dos saberes originários de observações imediatas e sumarias da realidade. Outro conhecimento espontâneo é a tradição, que é o principio de transmissão do saber do senso comum. Legando saber que parece útil e adequado conhecer para conduzir a vida. É mantido por ser presumidamente verdadeiro. Dita o que se deve conhecer, compreender, e indica, por consequência, como se comportar. Os saberes que a tradição transmite não se baseiam nas experiências racionalizadas. Como ultimo meio de saber espontâneo os autores destacam a autoridade. Sem provas metodicamente elaboradas, se encarrega da transmissão da tradição. O saber das autoridades guarda para aqueles que o recebem, o caráter espontâneo. Este saber deve-se ao fato de que nem todos podem construir um saber espontâneo, que seria útil conhecer. O valor do saber imposto