O nascimento da Filosofia
O nascimento da Filosofia Para se fazer um bom estudo da filosofia é necessário conhecer sua origem, seu nascimento. Por isso, o tema que estudaremos hoje é a passagem do mito ao logos.“O espanto é desde sempre motivo para as pessoas filosofarem, continuando a sê-lo ainda hoje”. Essa máxima que remonta aos tempos de Platão e perdura até os dias de hoje, é de autoria do filósofo Aristóteles, que entende por “espanto filosófico” a admiração perante fenômenos e acontecimentos inexplicáveis, dito em outros termos, uma tremenda curiosidade diante dos problemas sobre a origem do mundo.
Todos nós alguma vez já nos fizemos perguntas semelhantes... Com essas interrogações acerca das causas, abordamos também o problema da origem e do começo da filosofia. Não só da filosofia enquanto a única a buscar essas explicações, mas também do mito, pois também ele busca explicações. Por exemplo, os gregos acreditavam que a origem dos relâmpagos era a fúria de Zeus, até hoje pessoas recorrem aos mitos para explicarem aquilo que não tem uma explicação racional.
Filosofia, pelo menos em princípio, e o mito tem em comum a questão sobre a origem do mundo, a explicação dos fenômenos naturais, normas sociais e instituições; o que distingue, no entanto, é o modo de abordar esses temas, ou melhor dizendo, a forma própria de cada um expressar tais coisas. A passagem do mito ao logos é marcada pela diferença de linguagem, narrativa e estritamente argumentativa, das histórias de deuses e heróis.
Em vez da explicação do mundo através dos deuses, busca-se cada vez mais uma forma racional, daí o logos, de entendimento do mesmo. Aristóteles esclarece essa diferença da seguinte maneira: “Os mitólogos refletiram somente sob a forma para eles inteligível, não nos prestando muita atenção.Pois se eles transformaram os deuses em princípios, se para eles os deuses são a origem e a afirmação de tudo e se para eles tudo o que não saboreie néctar e ambrosia é mortal dizem algo