O mundo segundo a monsanto
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Líder do mercado de sementes e responsável pela produção de mais de 90% dos transgênicos cultivados em todo o mundo, a multinacional norte-americana Monsanto é alvo constante de debates e questionamentos a cerca das reais propriedades benéficas e nocivas da utilização de grãos modificados geneticamente. Existem assim, duas linhas de idealização. Os defensores da utilização da biotecnologia na manipulação genética confiam na “revolução verde” da face da supremacia de sustentabilidade tão prezada pela Monsanto. Já a outra linha de raciocínio, própria de ecologistas e movimentos sócio-ambientais, vê na dita genética revolucionada o indício de uma catástrofe ambiental de magnitude imensurável, mas de tendência ratificada. Esse segundo ponto de vista é reforçado pelas evidências expostas no documentário “O Mundo segundo a Monsanto”, baseado no livro homônimo resultante de trabalho investigativo de três anos da jornalista Marie-Monique Robin. A “revelação” instiga a visão mais criteriosa que circunda a relação entre manipulação genética e meio-ambiente. O documentário, bem como a produção literária, tem como objeto de enfoque as ações da Monsanto a fim de mascarar os reais sinais dos riscos da transgenia, a partir de estudos científicos duvidosos financiados. Relaciona a expansão da tecnologia com contaminações elevadas por PCB, um produto químico potencialmente cancerígeno, e detalha as relações econômicas e políticas da multinacional. Depoimentos de cientistas, políticos e advogados, muito de relação estreita com a Monsanto retratam melhor o histórico evolutivo da transgenia e as relações políticas com os governos de Bill Clinton e Tony Blair. Ex-integrantes da FDA, agência nacional americana responsável pela liberação de alimentos e medicamentos nos EUA, figuram entre os entrevistados. Com o desejo de receber palavras esclarecedoras da empresa, a autora procurou a Monsanto, porém sem sucesso. Entretanto, demonstrou acompanhamento próximo do trabalho e sua