O mundo dos psicopatas
O enorme interesse que o psicopata desperta actualmente deve-se, em parte, ao desenvolvimento das pesquisas sobre as bases neuro-biológicas do funcionamento do cérebro em geral e da personalidade em particular. Por outro lado deve-se igualmente ao enorme potencial de destrutividade em alguns psicopatas, de onde advém as implicações forenses.
Devido à falta de um consenso definitivo, este assunto tem despertado um violento combate de opiniões entre os mais diversos autores. As posturas perante estes casos resvalam na ética e na psicopatologia simultaneamente. As dificuldades vão desde a conceptualização do problema, até ás questões psicopatológicas de diagnóstico e tratamento. Como é de esperar, também na área forense as discordâncias são contundentes.
Estudar a capacidade/comportamento auto e hetero destrutiva humana é deveras interessante e poderá mesmo esclarecer certos pontos em comum entre grandes manifestações de destrutividade como guerras, genocídios, torturas, terrorismo e, talvez, manifestações incomuns da personalidade humana, baseadas na psicopatologia, na psicologia e nas neurociências.
Adolescentes rebeldes, maridos que não param no emprego, mulheres permanentemente endividadas, jovens que não conseguem concluir nenhum curso. Há 15 anos, o consultório do neurologista carioca Ricardo de Oliveira Souza era a última esperança de famílias às voltas com