O Mundo Codificado - Vilem Flusser
O MUNDO CODIFICADO
POR UMA FILOSOFIA DO DESIGN E DA COMUNICAÇÃO
FAAP. Em 1963, publicou seu primeiro livro, Língua e realidade, e, em 1964, tomou-se co-editor da Revista Brasileira de Filosofia. Foi colaborador regular do Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo e da coluna diária "Posto Zero", na Folha de S. Paulo. Além disso, contribuía também com o jornal alemão Frankfurter Allgemeine.
Em 1972, retomou à Europa e, após viver em vários lugares, estabeleceu-se em Robion, na França, onde permaneceu até sua morte. Entre os anos 1970 e 1980, escreveu regularmente para as principais revistas norte-americanas, francesas e alemãs sobre arte, cultura e fotografia, incluindo Artforum, Leonardo, Artitudes, Arch+ e muitas outras, além de ser freqüentemente convidado para conferências sobre novas mídias em diversos países. Em 1981, seu livro Filosofia da caixa preta foi traduzido para o alemão, recebendo grande aclamação da crítica e, desde então, foi traduzido para oito línguas.
Vilém Flusser morreu em 27 de novembro de 1991, num acidente de automóvel próximo a Praga, após ter visitado a cidade pela primeira vez depois de cinqüenta anos.
O objetivo deste trabalho é mostrar que a revolução no mundo da comunicação (cujas testemunhas e vítimas somos nós) influencia nossa vida com mais intensidade do que tendemos habitualmente a aceitar. Na verdade, temos consciência dos efeitos, por exemplo, da televisão, das propagandas ou do cinema. O que pensamos aqui, no entanto, é algo ainda mais radical. Buscaremos mostrar que o significado geral do mundo e da vida em si mudou sob o impacto da revolução na comunicação. Essa afirmação, sem exageros, é ousada, mas apesar disso será apresentada aqui.
E para isso vamos nos concentrar em um aspecto isolado dessa revolução - a saber, nos códigos - com a esperança de que