Linha e superfície & Forma e Material
Faculdade de Letras – FALE
Relatório do Seminário
Linha e Superfície & Forma e Material - Vilém Flusser
Belo Horizonte
Novembro/2012
A partir da apresentação oral do grupo, sucederam-se comentários críticos e desdobramentos que foram de muita valia para a reflexão sobre os apontamentos de Flusser.
A respeito do primeiro texto abordado, “Forma e Material”, uma observação relevante é a de que as questões envolvendo a definição e discernimento de matéria e forma são problemáticas, pois a noção preponderante são as de “ideologia da forma” e de “empirismo da matéria”, o que nem sempre se confirma.
Uma questão importante discutida pelo professor Luís Alberto são as noções de modelo x forma, em que esta se caracteriza por ser algo eterno e imutável, enquanto aquela se caracteriza por apresentar-se como uma generalidade, que suprime a particularidade. No que diz respeito à forma, conclui-se que uma ideia perfeita de mesa não é anterior às mesas concretas (reais). As mesas concretas, portanto, é que geram a necessidade de criar um conceito generalizante de “mesa”. O professor Luís Alberto realizou um interessante exercício que ilustrou bem essa questão. Ao tentar conceituar mesa, atribuiu a ela a característica de “possuir quatro pernas”, num movimento que buscava estabelecer um “modelo” de mesa. Contudo, alguns instantes depois, o professor percebeu que, na realidade, seu modelo de mesa não era tão universal quanto ele pressupunha em um primeiro momento, posto que existem mesas que não são, necessariamente, compostas por quatro pés (há mesas que possuem um único “pé”, que ocupa posição central, por exemplo). Apesar de não ser “universal” esse modelo é genérico e parte da supressão da particularidade para se fixar.
Algumas críticas podem ser feitas ao texto “Forma e material”. Uma delas é que Flusser não menciona o momento em que o tátil tenha definido