Vilem Flusser
A invasão nazista o forçou a fugir, em 1939, junto com a namorada na época, Edith Barth, primeiro para a Inglaterra, depois para o Brasil.
Seu pai, sua mãe e sua irmã foram assassinados nos campos de concentração.
Essa sua situação de exilado e sua obra posteriormente construída, fez com que autores definissem sua obra a partir de uma crítica radical da identidade. Vilém Flusser ver esses migrantes como modelo para uma ação criadora.
Vilém Flusser casa com Edith aqui no Brasil, tem três filhos e na década de 50 naturaliza-se brasileiro.
Em 1960, passa a se dedicar também a filosofia. Ele não tem diploma, apenas com a cara e a coragem e o saber acumulado de um autodidata, começa a lecionar na FAAP, no ITA e na USP, como também escrever para os jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
Ele começa a publicar sua obra, ele escreve em quatro línguas, na ordem: alemão, português, inglês e francês. Ele não tem tradutores, na época. O que ele publicou quando estava vivo, ele mesmo traduziu para essas línguas.
O seu livro Filosofia da Caixa Preta é traduzido hoje em mais de 15 línguas
Em 1991, volta a Praga, pela primeira vez depois do exílio, para proferir uma palestra no Instituto Goethe. A conferência o emociona tanto que no meio ele começa a falar em português, e o público espantado. A mulher avisa a ele, e a conferência é um grande sucesso. No dia seguinte, ele vai passear de carro para rever os lugares de infância, o que sobrou e morre num acidente, a mulher se salva.
Vilém Flusser é um pensador-poeta, que tem um pensamento singular sobre as mídias.
Publicou mais de trinta livros, os mais importantes publicados em português estão:
Língua e Realidad / A História do Diabo / Bodenlos /Filosofia da Caixa Preta / O Mundo Codificado /O Universo das Imagens Técnicas…
Seus livros não têm nota de rodapé, ele não cita autores nem lista uma bibliografia.
Ele é um pensador original e