o mulato
Biobibliográfia - Leonardo
O mulato é considerado pela critica em geral como o primeiro romance naturalista no Brasil, embora não seja uma autobiografia, nele está muito presente da vida do escritor, sua interpretação da existência e o enfoque da experiência vivida em sua terra natal. Certos elementos que aparecerão nas obras do romancista já se fazem notar neste primeiro livro, como a forte tendência para o caricatural e o grotesco. Forçando e deformando os traços que compõem a características físicas dos personagens. O romance é feito com boa técnica. O enredo dá a sensação de esquemático, de dureza na montagem, em que os elementos constitutivos são pensados rigorosamente a fim de que nada viesse prejudicar a unidade de romance.
Atrama parece com as do Romantismo: uma historia de amor que as tradições e o preconceito impedem de realizar. Exige a presença de um tempo definido a certo, o que faz o tempo seja cronológico e o espaço físico é a própria área geográfica em que se movimentam as personagens. Resumo do enredo - Luiz
Raimundo, filho de José Pedro da Silva com a Escrava Domingas, nasce. O pai se casa com Quitéria, mulher branca e luxuosa. Desconfiada da atenção que José Pedro dava à Escrava e Raimundo, manda açoitarem a negra e queimar suas partes genitais. Desesperado, José Pedro carrega o filho e leva-o para a casa de Manuel Pescada, seu irmão, em São Luís. De volta à fazenda, José Pedro ouve vozes em seu quarto. Invadindo-o, o fazendeiro se surpreende. Quitéria e o Pe. Diogo em pleno adultério! Transtornado, mata-a na frente do sacerdote e para se livrar do escândalo ambos fazem um pacto de silencio, para todos, a esposa teve morte natural e, assim, foi enterrada.
José da Silva hospeda-se com o filho na casa de Manuel Pescada. Um dia é morto em uma emboscada pelo Pe. Diogo. Raimundo vai estudar na Europa e volta formado indo morar com o tio. Pe. Diogo é, por sua vez, adversário natural de Raimundo.