O mulato

1546 palavras 7 páginas
Após a morte da filha, D. Bárbara, deixa sua fazenda para morar com o genro Manuel Pescada, próspero comerciante, e com a neta Ana Rosa, em São Luís do Maranhão. Enérgica com os escravos, D. Bárbara comanda-os aos berros e sovas, o que muito desagrada Pescada, chegando, algumas vezes, a verbalizar o seu arrependimento em ter concordado com a vinda da sogra.

O irmão de Pescada, José da Silva, fazendeiro e ex-comerciante de escravos, foi assassinado, há muitos anos atrás, em suas terras. Sua esposa, D. Quitéria Inocência de Freitas Santiago já era viúva, sem filhos e muito rica, quando se casou com ele. Embora fosse extremamente religiosa, achava que escravo não era gente e o simples fato de alguém não ser branco, já era um crime. José teve um filho, Raimundo, com uma ex-escrava alforriada de nome Domingas. A atenção que o marido devotava a esse afilhado, fez com que D. Quitéria descobrisse a verdade sobre o menino.

Num ataque histérico, a chibatas e queimaduras a ferro em brasa, a senhora quase mata Domingas. Diante do ocorrido, Quitéria, aconselhada pelo jovem vigário, Padre Diogo, refugia-se na propriedade da mãe. José vai buscá-la, flagrando-a em adultério com o padre. Transtornado, a estrangula, matando-a na frente do sacerdote que, para se livrar do escândalo, sugere a José um pacto de silêncio mútuo; para todos, a esposa teve morte natural e, assim, foi enterrada.

José deixa a fazenda para Domingas e mais três pretos velhos, que já alforriara, e parte para São Luís, onde pretende liquidar seus bens e, em seguida, voltar a Portugal com o filho Raimundo. Ele e o menino hospedam-se na casa do Pescada em São Luís. Mas, logo adoece e, impossibilitado de embarcar, recebe visitas diárias de seu 'fervoroso' amigo, Padre Diogo. Este vai conquistando a amizade da família e quando nasce Ana Rosa, Pescada e esposa escolhem-no para padrinho.

Tendo José se restabelecido, insiste em voltar para a fazenda, mas para o desespero de Domingas, no caminho, bem

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