O movimento operário na primeira república
Autora: Gessiane Silva de Souza
Nesta obra, o autor procura desmitificar a imagem que se tem do operariado da primeira república, que nos apresentam o operariado e o trabalhador no geral associados ao imigrante, quase sempre italiano e anarquista. Para alcançar esse objetivo, lança mão das multiplicidades de experiências e expressões desse operariado, buscando evidenciar as diversidades da origem dos trabalhadores, as especificidades das dinâmicas regionais e as várias formas de organização e constelação das correntes ideológicas desses trabalhadores.
As variedades dependiam muitas vezes de cidade ou região, do ramo ou grau de atividade, ou de qualificação e tipo de relação de trabalho, podendo aparecer dentro de um mesmo setor, por exemplo; o salário variava de cidade para cidade, e de setor para setor. Essas diversificações influenciavam em grande medida de forma negativa na vida dos trabalhadores, que acabavam ficando presos a sua rotina de trabalho, sem descanso, lazer, além de sofrerem com a falta de estrutura e atendimento de suas necessidades básicas, com falta de políticas públicas, sobretudo os que viviam em cortiços.
Em São Paulo principalmente os eram imigrantes eram a maioria. Entretanto em outras regiões não foi tão latente essa presença. Esses imigrantes, diferente que se pensava não vinham de centros urbanos, pelo contrário, muitos vinham de regiões rurais de seus países de origem, sem uma consciência de organização sindical.
Diferentemente dos patrões, os trabalhadores não podiam contar com o apoio do estado, sobretudo nas regiões onde o governo sofria maior pressão, como Rio e São Paulo, resultando em greves, mortes, e expulsão de estrangeiros. Entretanto, segundo Batalha, essas condições desfavoráveis não leva uma acentuada organização dos trabalhadores, pois grande parte