Funcionalismo & Estrutural - Funcionalismo
Essas teorias surgiram no começo do século XX reagindo contra as explanações evolucionistas, difusionistas e historicistas na antropologia social. Em contrapartida, Bronislaw Malinowski (1884 —1942) e A.R. Radicliffe-Brown (1881-1955), proponentes respectivos do funcionalismo e do estrutural-funcionalismo isolavam uma sociedade para uma análise sincrônica considerando a integração funcional de suas instituições.
Principalmente por questões de nomenclatura, essas teorias são frequentemente confundidas. Não por menos, pois outras disciplinas, desde filosofia até design, tiveram seus “funcionalismos” e “estuturalismos”. Em vista disso, é útil discorrer sobre os proponentes do funcionalismo e estrutural-funcionalismo na antropologia, bem como o contraste com outras disciplinas notóriamente na sociologia, também o estruturalismo de Lévi-Strauss. Por fim, aborda-se de passagem as influências do funcionalismo e do estrutural-funcionalismo nos estudos sociais no Brasil, além das críticas e conceitos-chaves dessas teorias.
Proponentes
Baseados no Reino Unido, Malinowski e Radcliffe-Brown difundiram suas teorias com as publicações de suas notáveis etnografias em 1922. Como será visto a seguir, os dois teóricos apresentaram diferentes nuances que distinguem as duas perspectivas.
Em seu trabalho de campo nas Ilhas Trobriands, Malinowski buscava entender como instituições culturais particulares funcionavam na manutenção do indivíduo diante de situações de dificuldade. Malinowski apontava as necessidades fisiológicas do indivíduo como as de reprodução, de alimentação, de proteção e as instituições sociais para acolher essas necessidades. Além dessas necessidades, haveria quatro necessidades de ordem cultural como a economia, o controle social, a educação e a