Resenha o movimento operário na primeira república.
O autor é licenciado em História pela Universidade Federal Fluminense desde 1980, bacharel em História pela Universidade Federal Fluminense (1981) e doutor em História pela Universidade de Paris I desde 1986. Atualmente é pesquisador no CECULT - Centro de Pesquisa em História Social da Cultura – UNICAMP. Atua na linha de pesquisa de Cultura de classe: trabalhadores urbanos. É professor doutor da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Republica e História Moderna e Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: movimento operário, Brasil, classe operária, primeira república, socialismo e França.
No texto alvo desta resenha o autor busca ressaltar a multiplicidade das experiências e a pluralidade de expressões. Para isso ele investiga as distinções dos diferentes setores de produção, a diversidade na origem dos trabalhadores, especificidade das dinâmicas regionais, variadas formas de organização e constelação de diferentes correntes ideológicas.
Em um primeiro momento o autor faz um apanhado geral sobre a condição do operariado diferenciando-os entre os mais ou menos qualificados. Analisa ainda quanto a sua origem étnica enfatizando como isso foi muitas vezes motivo de tensão entre os trabalhadores brasileiros e estrangeiros na década de 1920 (a exemplo do percentual de 51% que eles representavam na indústria de São Paulo e os 35% no Rio de Janeiro). Enfatiza o papel da mulher que é mais expressivo na indústria têxtil. E com tudo isso ele sustenta que as condições de vida e de trabalho do operário influenciavam diretamente as diferenças entre as regiões do país. Uma vez que a "questão social" não era assegurada pelo Estado às associações coletivas de assistência emergiam como arranjos locais e regionais de organizações operárias. Batalha afirma que a organização em