O MOVIMENTO LUDISTA
Com o surgimento e avanço da Rev. Industrial no século XVIII, observa-se o inicio de uma era na economia marcada pelos avanços tecnológicos e o advento das máquinas – que aceleravam cada vez mais a produção, reduziam a necessidade de mão de obra e agilizavam o acumulo de riquezas das fábricas.
Entretanto, em meio a toda essa produtividade, era notável a discrepância entre as glórias vividas pelos donos das fábricas e por aqueles que trabalhavam nelas e viviam em plena miséria. Essa situação contraditória, em pouco tempo, passou a ser notada por esses trabalhadores, que trocavam o uso de sua força de trabalho por salários que não amparavam suas necessidades básicas, devido ao grande exército de reserva de mão de obra, que diminuía o valor dos salários. Gradualmente, esses operários reagiram a essa realidade.
O movimento ludista foi uma dessas formas de reação contra a mecanização do trabalho, que teve destaque em 1811 e ganhou grande importância. Boatos de que um operário chamado Ned Ludd, revoltado, quebrara as máquinas de seu patrão, espalharam-se ao final do sec. 18 e mesmo não sendo comprovado, acabou dando nome ao movimento Ludista e servindo de inspiração para vários operários que viam nas máquinas a razão de sua condição de miséria.
Conhecidos também como ”quebradores de máquinas”, os luditas se organizavam em grupos que invadiam e assaltavam fábricas e destruíam todas as máquinas e equipamentos presentes, pois para eles, por serem mais eficientes, tiravam os seus trabalhos. Eram apoiados por outras massas de operários e também por pessoas desempregadas.
O movimento tomou proporções tão grandes que incomodou os fabricantes, que passaram a pressionar o parlamento para a criação de punições aos envolvidos nas revoltas. Os levantes foram marcados por sérios conflitos entre policiais e trabalhadores. Foi então que, em 1812, o Parlamento Britânico aprovou a Frame Breaking Act, lei que punia a quebra de máquinas com a pena de morte.
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