O morro dos ventos uivantes - resenha
Construída em uma cativante atmosfera onde o amor e o ódio são levados ao extremo, a única obra da escritora vitoriana Emiy Brontë é uma das histórias mais fascinantes que já li.
“Morro dos Ventos Uivantes” é o nome da propriedade de Heathcliff, homem vingativo e endurecido pelo tempo, onde moram também uma jovem e bela mocinha, um rapaz rude, um velho absolutamente rabugento e uma cozinheira que compartilha do mesmo humor. Interessado em alugar a propriedade vizinha, também pertencente à Heathcliff, Sr. Lockwood, um distinto senhor vindo de Londres é quem incita Nelly, a governanta da propriedade que pretendia alugar (A Granja Cruz dos Tordos), a contar a história do sombrio Morro dos Ventos Uivantes.
Nelly então inicia a narrativa sobre os Earnshaw, os Linton e Heathcliff. O rapaz foi adotado pelo Sr. Earnshaw, pai de Catherine e Hindley, antigo dono d’O Morro, em uma de suas viagens à Liverpool, para o inicial desgosto dos filhos, uma vez que se tornou o favorito do pai, apesar de sua aparência de cigano e da falta de modos. Catherine, porém, logo se animou e criou um forte laço com o estranho, ao contrário do irmão que, por toda a sua vida futura, se empenha em maltratar o rapaz. A única coisa capaz de abalar o amor desmedido de ambos é um rapaz magricela e sem cor, filho dos ricos donos da propriedade vizinha, a Granja Cruz dos Tordos. Com o romance e o anúncio do casamento entre sua amada e o rapaz que o despreza tanto quanto Hindley, Heathcliff some por tempos até voltar, anos depois, rico o suficiente para comprar o Morro, que se encontra decadente pelos vícios de seu dono. Isabella, irmã de Linton, se apaixona perdidamente pelo homem rude e decide se casar e fugir com o mesmo, apesar dos protestos de Cathy. A esta altura, fica claro o sentimento de possessividade, acima de tudo, que ela possui por Heathcliff. Durante toda a obra fica claro o quanto ambos são desequilibrados, à despeito do