o monge e o executivo
Simeão e os alunos estava discutindo sobre os dizeres de Jesus. "Ame o próximo". Essa frase parecia sensata para todos, mas quando chegava em "ame os seus inimigos", aquilo parecia absurdo para todos. Como amar um assassino? Como é que alguém poderia "frabricar" uma emoção como o amor?
Foi quando Simeão falava de uma noite em que ele se reuniu com vários colegas em uma taberna pra tomar cerveja. Disse algo do tipo: "Sim, amar nossos inimigos. Que piada! Então tenho que amar um estuprador!". O professor de línguas que estava presente o interrompeu dizendo que ele estava interpretando mal as palavras de Jesus. Ele explicou que Simeão ao pensar em amor, estava confundindo sentimento com ação. A partir do momento em que tenho sentimentos positivos em relação a alguma coisa ou alguém, posso dizer que os amo. Geralmente associamos amor com bons sentimentos.
A diretora comentou: Ontem fui à biblioteca e procurei amor no dicionário. Havia três definições e eu as escrevi todas: 1: forte afeição; 2: ligação calorosa; 3: atração baseada em sentimentos sexuais.
Vêem o que eu quero dizer? O amor é definido um tanto mesquinhamente, e a maioria das definições envolve sentimentos positivos.
Os gregos tinham algumas definições sobre amor. Uma das palavras gregas era "eros", da qual se deriva a palavra erótico, e significa sentimentos baseados em atração sexual e desejo ardente. Outra palavra grega é "storgé", que significa afeição, especialmente com a família e entre os seus membros. "Philos" significa fraternidade, amor recíproco. É uma espécie de amor condicional, do tipo "você me faz o bem e eu faço o bem a você". Finalmente, os gregos usavam o substantivo "agapé" e o verbo correspondente "agapaó" para descrever um amor