O monge e o executivo
Helmut Renders
Introdução
Neste pequeno ensaio queremos pontuar um tema do futuro da humanidade como tema do futuro da tradição metodista na América Latina. É o tema da sustentabilidade como assunto da sobrevivência da humanidade. Não referimo-nos à sobrevivência da criação: A criação sobrevivia-nos, caso que seríamos tão incompetentes de exterminar a humanidade. Mas, mesmo que o extermínio da humanidade não seja provável, o aumento do sofrimento até a perda de qualquer esperança de transformações para o melhor para milhares e milhões pessoas – e toda criação – representa hoje em dia um cenário possível senão e provável. As nossas decisões em relação ao tema da sustentabilidade tomadas hoje terão seu impacto amanhã e depois amanhã, para todas as gerações.
Trata-se de um primeiro esboço nosso da teologia da sustentabilidade wesleyana. Esta concentração tem diversas razões: primeiro é nosso ponto da partida para o desenvolvimento do tema e serve, por causa disso, como uma espécie de um primeiro levantamento das contribuições já feitas por teólogos/as wesleyanos. Segundo queremos apresentar estes/as interlocutores/as ao público maior. Terceiro, acreditamos que a tradição wesleyana, especialmente, quando ela integra as suas raízes anglicanas, tem algo a oferecer. Quatro, vemos um potencial específico na teologia wesleyana brasileira pela sua integração da criação no seu método teológico chamado quadrilátero. Quinto, fazemos este discurso numa universidade comunitária e confessional que estabelece com objetivos maior a promoção do bem comum, da sua identidade confessional e da sustentabilidade. Ou seja, a relação entre confessionalidade e sustentabilidade precisa ser discutida e não vemos ninguém fazendo isso.
Isso nos leva a um segundo comentário. Os/As teólogos/as wesleyanos/as em seguida apresentados/as jamais estabelecem um discurso isolado, mas, se entendem como uma voz no coral