O monge e o administrador
“A ESCOLHA FOI MINHA. Ninguém mais é responsável por minha partida.” (p. 7)
Olhando para trás, acho quase impossível acreditar que eu [...] tenha deixado a fabrica para passar uma semana inteira num mosteiro ao norte de Michigan [...] Um mosteiro autêntico, cercado por um belíssimo Jardim, com frades, cinco serviços religiosos por dia, cânticos, liturgias, comunhão, alojamentos comunitários. Por favor, compreenda não foi fácil. Eu resisti o quanto pude, esperando de todas as maneiras. Mas afinal escolhi ir. (p. 7)
NO FINAL DOS ANOS 1990, eu me sentia num momento de glória. Estava empregado em uma importante indústria de vidro plano e era gerente-geral de uma fábrica com mais de quinhentos funcionários e mais de cem milhões de dólares em vendas anuais. Quando fui promovido ainda muito me orgulho. Tinha bastante autonomia de trabalho e um bom salário, acrescido de bônus sempre que atingisse as metas da empresa. (p. 8)
Meu trabalho, a única área de minha vida onde eu estava seguro do meu sucesso, também passava por uma mudança. Os empregados horistas da fábrica recentemente tinham feito campanha para que um sindicato os representasse. Durante a campanha houve muito atrito e desgaste. Mas felizmente a companhia conseguiu vencer a eleição por uma margem estreita de votos. Fiquei animado com o resultado, mas meu chefe não gostou do que acontecera e deu a entender que se tratava de um problema de gerenciamento da minha responsabilidade. Não aceitei a acusação. Pois estava convencido de que o problema não era meu. Mais desses sindicalistas que nunca se devam por satisfeitos. (p. 9)
Ouvi aquilo sem dar maior importância, e certo de que jamais seguiria a sugestão. Mas quando estava saindo, o pastor disse que um dos frades era Leonard Hoffman, um