o modismo
Não tendo sido a fronteira da “atividade-fim” claramente definida em cada empresa, as terceirizações proliferaram, ultrapassando rapidamente as atividades tradicionais de apoio (“atividades-meio”) − tais como limpeza, portaria, telefonia, contabilidade e alimentação – e alcançando áreas consideradas nucleares em cada um dos negócios. Nos bancos, a terceirização atingiu a compensação de cheques e os caixas de atendimento; na indústria automobilística, a montagem de pneus, a pintura e a ferramentaria; no comércio, o trabalho dos caixas de supermercados; nos hospitais, setores como o laboratório clínico. Essa invasão da atividade-fim se deu em praticamente todos os ramos e setores.
O modismo não se limitou ao setor privado. “Prefeitura terceiriza zona azul”, “Governo paulista quer terceirizar parques”, “Secretário propõe terceirizar o Detran”, “Brasil já tem prisões com administração terceirizada”, “Cobrança da dívida ativa poderá ser terceirizada no município”, “Estado inaugura hospitais terceirizados” – são apenas alguns dos vários títulos de notícias envolvendo a terceirização no setor público. Emblemático o