O Mito Do Concreto
Premissas e Paradoxos
A ideia de Brasilia
Desde a metade do Século XVIII existia a ideia de transferir a capital do Brasil para o interior do país, acreditando que a construção de uma capital no Planalto Central desencadearia o florescimento de uma grande civilização. A “ideia de Brasilia” era promover mudanças que permitiriam um integração nacional e também o estimulo do desenvolvimento do país.
Juscelino Kubitscheck iniciou sua candidatura com a proposta de construir a nova capital e em 1956 anunciou sua decisão de transferir a capital para Brasilia, com sua inauguração no dia 21 de abril de 1960, o que gerou um grande numero de oposições, entre elas daqueles que acreditavam que mesmo que sua construção se inicia-se, ela não ficaria pronta durante o mandato de Kubitscheck e a administração seguinte não daria continuidade a obra.
Kubitscheck e seus aliados reagiram com uma campanha para legitimar a construção da cidade, associando a fundação da capital com a fundação de um novo Brasil.
Os instrumentos de mudança
Brasilia foi promovida como um novo mundo, onde não existiria a desigualdade social e sim uma “perfeita coexistência social” que deveria servir como um modelo para o resto do país, transformando a sociedade brasileira.
Seriam construídos blocos de apartamentos em uma superquadra, todos iguais, com a mesma fachada, mesma altura, mesmas facilidades, construídos com o mesmo material, evitando assim a diferença das classes sociais. Todas as famílias vivem em comum eliminando a discriminação social, forçando os moradores da superquadra a viver como uma grande família em perfeita coexistência social.
Entre as propostas dos planejadores de Brasilia estavam: organizar a cidade em zonas exclusivas e homogêneas de atividade; concentrar a função do trabalho em relação com assentamentos dispersos de dormitório; instruir um novo tipo de arquitetura e organização residencial; criar uma cidade verde; e impor um novo sistema de