O meu querido trabalho
AÇÃO
A análise de Memorial do Convento permite constatar a existência de duas narrativas simultâneas: uma de caráter histórico e outra ficcionada.
A ação principal é a edificação do convento de Mafra – desejo e promessa de D.
João V e a ação secundária é a história de amor entre Blimunda Sete-Luas e Baltasar
Sete-Sóis; a construção da passarola (sonho de Bartolomeu de Gusmão).
Na ação principal encaixam-se outras ações, constituindo diferentes linhas de ação que se articulam com a primeira.
1º linha de ação
2º linha de ação
3º linha de ação
4º linha de ação
Abrange todas as personagens da família real e relaciona-se com a segunda linha de ação, uma vez que a promessa do rei é que vai
A do rei – D. possibilitar a construção do convento. Esta linha tem como espaço
João V principal a corte e, depois, o convento, na altura da sua inauguração, no dia do aniversário do rei.
Esta é a linha da ação principal da história, a par da quarta – a que respeita à construção da passarola. Esta segunda linha de ação
A dos vai ganhando relevo e une a primeira à terceira: se o convento é construtores obra e promessa do rei, é ao sacrifício dos homens, aqui do convento representados por Baltasar e Blimunda, que ela se deve.
Glorificam-se aqui os homens que se sacrificam, passam por dificuldades, mas que também as vencem.
Nesta linha relata-se uma história de amor e o modo de vida dos
A de portugueses. Baltasar e Blimunda são os construtores da
Baltasar e passarola; Baltasar é também, depois, construtor do convento,
Blimunda
constituindo-se como paradigma da força que faz mover Portugal – a do povo.
Relaciona-se com o sonho e o desejo de construir uma máquina voadora. Articula-se com a primeira e segunda linhas de ação,
A de porque o padre é mediador entre a corte e o povo. Também se
Bartolomeu
enquadra na terceira linha, dado que a construção da passarola
Lourenço
resulta da força das vontades