Luto: entendendo as perdas significativas de nossas vidas
Palavras-chave: Luto, Melancolia e Objeto de amor.
1. INTRODUÇÃO
Esse artigo foi trabalhado de acordo com a tradução da palavra Trauer, que vem do alemão, que pode significar tanto o afeto da dor como sua manifestação externa, do artigo de Freud de 1915, Luto e Melancolia (Trauer und Melancolie).
Segundo Machado, 2008, Freud já havia citado o luto em outros artigos como em:
Estudos sobre a histeria (1915/1974), antecipava seu conceito de “trabalho de luto”, falando em “trabalho de rememoração”, lançando também as bases para o conceito de “reações de aniversário”, situações frequentemente encontrada na clínica. Em Cinco lições de psicanálise (1909/1970), Freud descreve o luto como um processo emocional. Em Notas sobre um caso de neurose obsessiva (1909/1996), afirma que um tempo normal de luto seria de dois anos. Em Totem e tabu (1913/1974), assinala a coexistência de afeição e hostilidade em relação ao morto, afirmando que esta última é reprimida, permanecendo inconsciente, e, quando projetada sobre o morto, dá origem a temores em relação a ele. Finalmente, Em Luto e melancolia (1915/1974), busca a sistematização do mecanismo de luto e sua resolução, comparando-o com a melancolia, enquanto condição patológica (p. 400).
Freud em 1915 com seu artigo luto e melancolia define que luto não é apenas a perda de um ente querido, mas também a perda de todo objeto que ocupa o lugar de um ente querido.
O homem e determinadas culturas vivem como se a vida fosse infinita e a partir do momento que depara com a perda de um ente querido muitas