A morte para quem fica
Aline da Silva Schuatz
“A dor é suportável quando conseguimos acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos que ela não existe.” Allá Bozarth-Campbell.
RESUMO: O profissional da psicologia, quando inserido no ambiente de trabalho hospitalar, frequentemente se depara com situações de morte e de luto, precisando assim estar preparado para atuar em tal contexto. Com este trabalho buscou-se esclarecer como se dá o processo de luto vivido pelas pessoas que perderam ou esperam a morte de um ente querido, principalmente dentro do contexto hospitalar, como também conhecer as possíveis intervenções psicológicas neste contexto. Como metodologia utilizou-se de revisão bibliográfica sobre o assunto. Percebeu-se que o processo de luto pode ser sentido até mesmo antes do ente querido falecer, e envolve sentimentos diversos e ambivalentes que precisam ser elaborados. Conclui-se que a presença do psicólogo no hospital é de extrema importância tanto para dar apoio ao paciente em fase terminal quanto ao familiar que passará pelo processo de luto.
PALAVRAS-CHAVE: Morte, processo de luto, contexto hospitalar.
INTRODUÇÃO A definição de luto segundo Melo (2007), se resume em uma fase na qual se perde um ente querido ou até um objeto estimado, porém, a fase é necessária para que com o tempo, o vazio sentido possa ser elaborado e substituído por outros afetos. Para a mesma autora, o processo de luto apresenta várias fases pela qual o familiar passa e junto com elas um misto de sentimentos, dúvidas e preocupações. Assim, o trabalho justifica-se pela importância do papel do psicólogo neste contexto, apoiando não somente o paciente em fase terminal, mas também o cuidador/familiar que passa também pelas mesmas angústias que o paciente e ainda precisa superar a perda. Segundo Pereira