O mercador de veneza
Veneza 1596
A intolerância aos judeus era comum no Século 16, mesmo em Veneza, a mais poderosa e liberal cidade-estado da Europa.
Por lei, os judeus eram obrigados a morar na velha fundição murada, ou o "gueto" da cidade e suas escrituras e livros como o Alcorão foram queimados.
A noite, o portão era fechado e vigiado por cristãs.
Durante o dia, qualquer homem que saísse do gueto tinha que usar um gorro vermelho, para ser identificado como judeu.
Usuário.
Os judeus não podiam ter propriedades.
Por isso eles praticavam a usura.
O empréstimo de dinheiro a juros.
Isso era contra a lei cristã.
Os sofisticados venezianos faziam vista grossa a isso, mas com os fanáticos religiosos, que odiavam os judeus, era bem diferente.
Se um homem é honesto, e faz o que é legal e correto, se não praticou a usura, nem recebeu ágio algum ao contrário, evitou contato com qualquer delinquencia, e foi justo no procedimento com os outros homens, se respeitou as clausulas e se manteve fiel e judicioso, então ele é justo e certamente viverá!
"Mas, se ele praticou a usura e recebeu ágio. Pode ele seguir vivendo?
"Não, não pode mais viver. Se cometeu alguma destas abominações, deve morrer, diz o Senhor".
E mesmo assim ainda vivem de furtos e roubos, pois um usurário é um ladrão.
- Antônio!
Posto que calca os mandamentos do Senhor Deus, sob seus pés pecaminosos.
Bassanio!
Os ventos voltaram, senhor!
- Jéssica?
Em verdade, não sei por que estou tão triste.
Isso me cansa. E vocês dizem que também os cansa.
E uma tristeza tal me transforma tanto que custo a me reconhecer.
Ant:. Vossa mente está no oceano.
Creia-me, senhor, se eu tivesse o mesmo problema, a maior parte de minha oflição, dependeria de minhas esperanças sobre o futuro.
Eu arrancaria fios de relva para sentir o vento, consultaria em mapas todo porto, atracadouro e via e todo objeto que ameaçasse minha ventura com o infortúnio sem dúvida me entristeceria.
Meu