O mercado
Em sua acepção primitiva, a palavra Mercado dizia respeito a um lugar determinado onde os agentes econômicos realizavam suas transações. Por tradição histórica, este conceito chegou até os dias atuais e ainda é comum entender-se mercado como um “lugar” definido, especialmente edificado para o encontro de produtores e consumidores. Atualmente, o conceito de Mercado, em sua acepção econômica mais ampla, está bem distante dessa definição tradicional. Mercado, agora, é uma abstração. Já não existe a conotação geográfica. Assim, quando os executivos de grandes empresas industriais ou do setor financeiro falam das dificuldades com que se defrontam no mercado eles não estão se referindo a nenhum ambiente físico, mas a uma abstração econômica. Considerando a essência do elemento de negociação, podemos classificar o mercado em duas categorias de referência: O mercado de produtos e o mercado de fatores (ou de recursos). Nos dois casos, o mercado se manifesta pela ocorrência simultânea de duas forças aparentemente antagônicas: a da procura e a da oferta, cada qual com seu objetivo específico (satisfação de necessidades através de utilidades ou lucro financeiro) frente ao bem (tangível ou intangível) que está sendo negociado. Quando existe procura por bens primários ou industrializados, ou por serviços como transportes, comunicações, seguros e hotelaria; dizemos que há mercado para esses diferentes tipos de bens e serviços. Genericamente, há aí um mercado de produtos. Podemos, ainda, nos expressar mais especificamente rotulando o mercado de acordo com o produto que está diretamente em negociação, como por exemplo: mercado de boi gordo, mercado de soja, mercado de café, mercado de máquinas agrícolas, mercado de automóveis, mercado de seguros, etc. Assim, mais uma vez pode-se observar que a referência a mercado é uma abstração pois não nos referimos aos “locais” onde as transações ocorrem, mas às forças que definem a oferta e a procura correspondentes.
Tipos