O mercado de trabalho no brasil
Alguns setores, como o de construção civil, começam a enfrentar o chamado apagão de profissionais qualificados, no caso engenheiros, para dar conta da demanda gerada pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de eventos esportivos como a Copa do Mundo e a Olimpíada. "A situação não está mais crítica porque, pelo segundo ano consecutivo, a carreira de engenharia foi uma das mais procuradas no vestibular da Fuvest", afirma Fernando da Costa, diretor de operações da Consultoria Human Brasil.
Com a atual falta de profissionais para o preenchimento de vagas, muitas empresas têm optado por engenheiros mais velhos, com mais de 50 anos. Segundo Costa, muitos deles, aposentados, voltaram ao mercado de trabalho e hoje são mais valorizados. "Há empresas, inclusive, usando esse perfil de profissional como formador da nova geração", diz.
A indústria também enfrenta problemas para preencher suas vagas, sobretudo na área de tecnologia. A necessidade por profissionais com conhecimento diferenciado em tecnologia vem sendo suprida por tecnólogos, cujos cursos surgiram há mais ou menos cinco anos, com duração de dois ou três anos. Outra solução foi investir em trainees. "Foi a forma que encontraram para desenvolver o profissional de acordo com características desejadas", resume.
Crônico – No comércio, o consultor diz que faltam profissionais que dominem a fundo a cadeia de varejo, conheçam, por exemplo, os canais apropriados para colocar produtos em magazines e supermercados. E isso é um problema crônico e antigo no segmento, intensificado com o atual cenário econômico. Para Costa, o grande obstáculo é não existir um