O meio ambiente e os residuos solidos
No início da história do homem, os impactos ambientais eram muito pequenos, mas intensificaram-se rapidamente com o aumento populacional e o desenvolvimento tecnológico no decorrer do tempo. Na verdade, desde a época primitiva, os homens e os animais usam os recursos naturais para sobreviverem e os descartam no ambiente. Todavia, nesse momento histórico, a maior parte dos materiais utilizados eram de cunho natural e não apresentavam grandes riscos ao meio ambiente e a qualidade de vida dos seres humanos, de modo que a natureza determinava a sobrevivência humana.
Até então os recursos da superfície terrestre eram considerados suficientes para atender as necessidades de todos os seres vivos do planeta se fossem manejados de forma eficiente e sustentados. Porém, a partir do momento que o ser humano deixa de ser nômade e inicia o processo de sedentarização, as transformações no meio passam a ser maiores e mais nocivas à natureza e a si próprio, uma vez que os processos naturais começam a serem substituídos por técnicas artificiais.
Segundo Mendonça (1998), nestes aproximadamente duzentos anos de industrialização do planeta, a produtividade de bens materiais e seu consumo se deram de forma bastante acelerada. Como esse processo de industrialização desrespeitou a dinâmica dos elementos componentes da natureza ocorreu uma considerável degradação do meio ambiente. Essa degradação tem comprometido a qualidade de vida da população e, conseqüentemente, a queda da qualidade de vida se acentua onde o homem se aglomera.
Para Minc (1999), o capitalismo e a industrialização geraram impactos ambientais e em uma intensidade antes desconhecida da humanidade. As fábricas ocuparam o lugar das manufaturas e converteu-se em bocas insaciáveis de matérias-primas trazidas de longas distâncias em quantidades crescentes.
Assim, durante o pós-guerra, o aumento na utilização das reservas naturais da população de bens e da geração de resíduos