O Meio Ambiente na Agenda Internacional
O século XX, mais especificamente no final dos anos 60 e começo de 70, assiste ao despontar do meio ambiente como uma questão estratégica para a sobrevivência do planeta. O modelo de economia mundial baseado na exploração predatória dos recursos naturais e amplificador do fosso social entre países ricos (Norte) e os pobres (Sul) estava em “xeque-mate”.
Os impactos sócio-ambientais causados por este modelo predatório afetam tantos países ricos como nações pobres, estas em dimensões muito mais graves, obrigando uma ação planetária comum em busca da cooperação internacional. As grandes Conferências sobre Meio Ambiente em Estocolmo (1972) e Rio de Janeiro (1992) são marcos da busca por um novo modelo de desenvolvimento.
No tabuleiro da geopolítica internacional, a sustentabilidade continua no topo dos desafios mundiais e o século XXI, nas palavras da ex-ministra do Meio Ambiente e senadora do Partido Verde, Marina Silva¹ “ é o tempo de procurar o que há de comum na diversidade de interesses e a partir daí, sem deixar de preservar o que precisa ser preservado, construir o novo inescapável”. E complementa “a capacidade de adaptação e de rever conceitos é igualmente importante para países, instituições, empresas, indivíduos”.
Sempre é bom lembrar que foi a comunidade científica internacional a primeira a alertar que homem e natureza se dirigiam para uma colisão que tornará impossível a manutenção da vida tal qual a conhecemos. O Manifesto da União dos Cientistas Militantes em 1992 apontava a rarefação da camada de ozônio, a poluição atmosférica e as chuvas ácidas, a demanda crescente de água, a superexploração da pesca e a poluição dos oceanos, a perda da produtividade dos solos, a destruição das florestas e a extinção das espécies como algumas das conseqüências do modelo de desenvolvimento predatório dos recursos naturais adotado pelas nações mais ricas do Planeta. O combate à fome e o dever dos países desenvolvidos a