O Mecanicismo: Descartes e Newton
Surgem como oposição às concepções organicista e animista da natureza, herdadas de Aristóteles e dos teóricos medievais uma nova concepção da natureza que iria ser largamente aceita e desenvolvida: o mecanicismo.
O mecanicismo via a natureza como um mecanismo cujo funcionamento se regia por leis precisas e rigorosas. A maneira de uma máquina, o mundo era composto de peças ligadas entre si que funcionavam de forma regular e poderiam ser reduzidas as leis da mecânica.
O mecanicismo é uma escola filosófica que, além de marcar o início da era moderna, se confunde com ela. Ele surgiu como dupla reação ao universo orgânico concebido pelos gregos e ao cosmos teocêntrico sacramentado pelos medievais.
Simultaneamente liberto da trama dos deuses pagãos e da causa única atribuída a Deus, o homem pode se despir intelectualmente da metafísica histórica e se perguntar: quem sou eu? Finalmente sozinho no mundo e tendo como ponto de partida a si próprio, libertou-se da carga de séculos de explicações divinas.
A essência da modernidade, como a imposição do sujeito, autor e produtor de si mesmo foi sintetizado na figura de René Descartes, considerado o primeiro filósofo moderno porque materializou aquilo apenas esboçado por Sócrates. Descartes notou que mesmo quando se sonha, acredita-se que se está vivendo algo real, não existindo alguma coisa que marque a diferença entre as sensações experimentadas no sonho e aquelas em estado de vigília.
O mecanicismo é o antecessor do fisicalismo, uma doutrina que hoje em dia está no centro de grande parte da investigação dos filósofos contemporâneos. Tanto os mecanicismos como o fisicalismo são diferentes formas de reducionismo.
Isaac Newton durante sua trajetória descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade. Newton estudou o mecanismo que fazia com que a Lua girasse em torno da Terra. Estudando os princípios elaborados por Galileu Galilei e por Johannes Kepler, conseguiu