O marxismo "soviético" versus marxismo crítico no pensamento social brasileiro nas década de 40 a 60
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DISCIPLINA: IH962 – PENSAMENTO SOCIAL E POLÍTICO BRASILEIRO II
PROFESSOR: MARCO ANTONIO
ALUNO: GABRIEL FHELIPE DOS SANTOS - 2009340165
LUCAS FARAH
O marxismo soviético versus marxismo crítico no pensamento social brasileiro da década de 40 a 60.
SEROPÉDICA
2013
1. Introdução
O trabalho tem por objetivo confrontar duas perspectivas marxistas presentes no seio dos cientistas sociais da década de 40 a 60, uma alinhada ao PCB, e a outra que ganha evidencia, no Brasil, por intelectuais da USP que se distanciam da visão etapista do social-desenvolvimento, e das diretrizes da III Internacional. Tal concepção etapista estava presa, na analise dos países colonizados, por quadros conceituais insuficientes eurocêntricos, e que levavam a crer, dentro do campo marxista, na idéia de progresso, de fortalecimento do capitalismo e da pequena-burguesia, para se alcançar o estagio necessário do capitalismo, e assim, chegar ao socialismo. Estratégia essa, preconizada pela III Internacional e difundido no Brasil pelo PCB, que levava, na disputa política, à associações de comunistas com nacionalistas, muitas das vezes o segundo absorvendo o primeiro. As conseqüências dessa estratégia feita pelo PCB, de associar-se à burguesia do país para terminar a transição do país para o capitalismo, extinguindo tipos de dominação e de poderes coloniais, e posteriormente, fortalecendo as bases da infraestrutura, para a transição do capitalismo para o comunismo, etapa por etapa, irá ser sentida no golpe de 1964. Essas diferentes perspectivas vão ficar evidentes nas construções teóricas dos autores escolhidos sobre o país, no que se refere a sua constituição e a estratégia adequada para chegar à revolução.
O primeiro debate se dará em torno do sentido ou caráter do processo colonial, comentado tanto por Caio Prado Jr., como por Alberto Passos Guimarães; o primeiro refuta a concepção