Projeto pedagógico do curso de educação física da unimep: contradições e incongruências
Iniciamos nossa caminhada Acadêmica no ano de 2005 na graduação para Bacharel em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP. Isso, pois, à época, “desilusões esportivas” nos levaram a optar por “um curso com relevância social, política, que pudesse transformar a ordem vigente”, ao invés da Educação Física, ramo do conhecimento com o qual sempre nos identificamos. Explicamos: agimos impulsionados pela crença comum de que a Educação Física reduzia-se ao Corpo e ao Esporte. Iniciado o curso de Direito, após dois meses, percebemos que não conseguiríamos fugir de nosso verdadeiro anseio. Renunciamos às Ciências Jurídicas e no ano de 2006, nos matriculamos, enfim, na graduação em Educação Física à nível de Licenciatura. Mudamos de graduação, mas a certeza quanto aos conteúdos do novo curso era a mesma: reduzia-se a Corpo e Esporte. Ao longo dos semestres, a visão reducionista que possuíamos se dissipou, pois pudemos constatar que o esporte era um dentre tantos conteúdos da “Ciência da Motricidade Humana”. Restava ainda descobrir se existia e qual seria a relevância sócio-transformadora desse campo do conhecimento denominado Educação Física, algo que fui constatar um ano e meio após nosso ingresso, num curso extracurricular ministrado pelo Professor Mestre Ricardo Ducatti Colpas, hoje, meu orientador de Monografia e Mestre, no sentido mais amplo da palavra. Estava então realizado, afinal, me graduava na Ciência que sempre me identifiquei e ampliei minha visão quanto a seus conteúdos e possibilidades enquanto prática social e política. Mas uma outra inquietação surgiu: por que só fui compreender a Educação Física como prática social transformadora fora da Universidade? A partir dessa inquietação buscamos documentos institucionais que respaldassem nossa concepção de sociedade, educação e Mundo. Nesse intuito encontramos nos documentos Vida e Missão – em especial suas Diretrizes para a Educação – e a Política