O marxismo na América Latina
Uma antologia de 1909 aos dias atuais - Análise do discurso de José Carlos Mariátegui
Coletivismo das comunidades indígenas
José Carlos Mariátegui antes de tratar sobre o coletivismo indígena mostra inicialmente o âmbito econômico, e que neste não houve diferença para os índios com a troca de classes governantes. O autor perante seu vínculo com o marxismo usa como método de análise, com base na economia, o foco materialista. O autor expõe algumas maneiras de coletivismo, tratando do espírito de cooperação como uma “herança indígena” e como tem sobrevivido a nova classe dominante. Apresenta a existência do coletivismo não só dentro das comunidades (ayllu), como diversas maneiras de cooperação fora dela.
Espírito de cooperação como facilitador para uma comunidade embasada no marxismo
Mariátegui primeiro descreve o coletivismo indígena para depois demonstrar que esse espírito de cooperação favorece a formação de uma “sociedade coletivista pregada pelo comunismo marxista”. O autor com no marxismo mostra como caminho a luta de classes dos indígenas explorados em favor da reivindicação da terra. Dessa forma coloca a problemática indígena como uma questão da terra e a luta com os latifúndios, responsáveis por manter a exploração e servidão indígena.
Essa reivindicação pela terra contra os latifúndios deve ser organizada, dever solidário do movimento sindical e propaganda política.
A problemática diferenciada na Costa
Esse espírito de cooperativismo das comunidades da serra deve se estender para a região da costa, onde a situação e a problemática muda, sendo que os costumes indígenas são prejudicados pela miscigenação. Na costa, há uma maior individualização das propriedades rurais e é onde se encontram os yanaconas, parceiros explorados pelos proprietários, devido à outra condição possuem uma reivindicação diferente, como direitos e proteção trabalhista.
A divulgação desse pensamento político encontra dificuldades para ser