O manifesto comunista
I - Burgueses e Proletários Karl Marx, autor do Manifesto, explica que a sociedade, independe do período em que se vive, apresenta uma constante luta de classes. As regras do jogo são sempre as mesmas, apenas as peças mudam. O declínio da sociedade feudal apenas pôs novas classes no lugar das antigas. As atuais classes que se enfrentam são a burguesia e o proletariado. A burguesia se desenvolveu devido ao crescimento das indústrias, à formação de um mercado mundial, que ultrapassava as manufaturas do feudalismo. “Vemos, pois, como a burguesia moderna é ela própria o produto de um longo curso de desenvolvimento, de uma série de revolucionamentos no modo de produção e de intercâmbio”. Seu papel na história foi revolucionário, pois modificou como se dão as bases da luta de classes, alterando os instrumentos de produção e de exploração da força de trabalho. Dominou as cidades, submetendo os campos à elas, apareceu a “livre concorrência” No entanto, “as armas com que a burguesia deitou por terra o feudalismo viram-se agora contra a própria burguesia”. Os operários modernos controlarão estas armas. A indústria transformou a oficina em uma grande fábrica industrial, na qual quanto menos o trabalhador sabe sobre o produto, melhor para a empresa. “A sua luta contra a burguesia começa com a sua existência.” Com o aumento das indústrias, o número de proletariados é comprimido, o que gera grandes revoltas. Juntam-se ainda para lutar pelos seus salários, que são escassos na maioria dos casos. Deste modo, observa-se que a sociedade repousa sobre a oposição de classes opressoras e oprimidas. A burguesia busca sempre acumular mais riquezas, a formação e multiplicação do capital. No entanto, o progresso da indústria implica diminuir a concorrência, o que seria necessário a retirada dos pés de sua base. Os operários unem-se e revoltam-se sobre as condições proporcionadas pela burguesia e sua vitória é inevitável, assim como o declínio