O líder
Por analogia, dizem que um grande líder deve ter a força do leão, a esperteza da raposa, a inteligência do gato e a motivação do cachorro. Nada a ver com o veneno das serpentes. Deve ter carisma, ser admirado e respeitado por seus comandados. Deve possuir o poder de sensibilizar corações e mentes. Todavia, uma das qualidades intrínsecas de um grande líder é servir. Servir as pessoas. A uma causa.
Refiro-me a um líder que tinha um compromisso extraordinário com seu Pai, seu chefe e com a humanidade. Era um cumpridor fantástico de missões. Um servidor incomum. Com um poder de comunicação excepcional capaz de transformar a sociedade e seu futuro.
Para a sua equipe básica, recrutou homens comuns. Representantes dos diversos estratos sociais da comunidade. A equipe foi treinada e lapidada para o cumprimento de suas tarefas. Nesse processo, procurou isolar os defeitos pessoais e explorar o que cada um tinha de bom. Colocou o sonho no coração deles. Plantou a esperança num momento onde ninguém mais acreditava que existisse. Mostrou que cada um deveria acreditar em si mesmo, em sua vida, em seu país e, naturalmente, em Deus.
Escolhera doze pessoas, cujo círculo mais íntimo tinha forte relações pessoais e até familiares com o líder. Entre os doze, o primeiro escolhido foi André. Vinha do negócio de peixes, era um executivo compreensivo. Conhecedor de pessoas e um excelente administrador. Dava conta de todas as missões. O segundo, Simão Pedro. Era sócio de André. Orador fluente, eloqüente e dramático, mas aflitivamente vacilante.
Tiago Zebedeu, o terceiro, era também pescador. Tinha um comportamento que ia da raiva a euforia muito rapidamente. Admirava o líder pela compreensão homogênea para com todos, seja pequeno, grande, pobre ou rico. João, irmão de Tiago, funcionava como agente pessoal do mestre para cuidar da sua família. Cuidou da mãe do líder até a morte dela. Era leal, corajoso e ousado. Felipe, dotado de pouca imaginação, era metódico e