O líder ideal

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O LÍDER IDEAL
André Acioli

Sábios há por toda parte. Ainda bem que o saber não é restrito a um ou outro continente; a um ou outro país. Lançando um olhar superficial no mapa mundi, amparados mais na percepção do que nos estudos, arriscamo-nos a associar destaques sobre determinados assuntos a algumas áreas geográficas. Neste mundo de ideias e ideais, inspiração e conhecimento parecem pairar na atmosfera da Terra. Durante uma das muitas reuniões anuais para decisões sem consenso, quatro líderes de quatro continentes diferentes mostravam-se intrigados com uma mesma questão: qual dos quatro seria o melhor líder? Era uma dúvida razoável, uma vez que um se tratava de líder de reconhecido país democrático na América do Norte; outro, líder autoritário, há muitos anos no poder de país ao norte da África; um terceiro, tido como líder liberal de país localizado ao sul da Europa e, por fim, o líder de conhecido país sulamericano que teve destaque em recentes mediações de conflitos internacionais (a avaliação de desempenho, deixo a seu critério). Por sorte ou destino (se é que ele existe), a reunião aconteceu em país na Ásia oriental, terra reconhecida por sua cultura e sabedoria milenares. Ávidos por obter uma resposta àquela inquietante questão, decidiram recorrer ao mais sábio dos sábios daquele país. Partiram, então, em comitiva oficial fortemente guardada, bem cedo, imediatamente após o café da manhã daquele dia livre. Conseguiram despistar grande parte dos poucos jornalistas que estavam de plantão à porta do hotel. Transcorrido algum tempo, chegaram a um belo e tradicional mosteiro, situado em área de montanha. A temperatura era amena e agradável, uma leve brisa soprava o ar matinal; suas vaidades, entretanto tratavam de aquecer o clima entre eles. Recebidos com reverência por um dos monges, foram levados à presença do sábio. Ofereceram-lhes acentos em quatro bancos de madeira. Abriram seus paletós, agradeceram e acomodaram-se. Do alto de um pequeno altar,