O livro didático: o global, o nacional ou o local?
Na primeira década do século XXI, através do Programa Nacional do Livro Didático, é possível afirmar que o livro didático faz parte da cultura material da maioria das escolas públicas brasileiras, e é um documento que comporta vários outros documentos, e para melhor compreendê-lo é fundamental uma perspectiva apurada na interface das áreas da História e da Educação. Cada livro didático de História é imbuído de uma proposta de ensino-aprendizagem com definições educacionais (proposta pedagógica) e historiográficas (conteúdo programático). (p. 01) Ou seja, ao analisar o livro didático a partir da ótica da cultura material, a autora compreende que o livro didático pode ser interpretado como um objeto cultural e como um recurso material, onde enquanto recurso material ele pode ser estudado como um instrumento de trabalho totalmente rico e indispensável. A autora também tem a preocupação em desenvolver por meio de sua pesquisa uma História sociocultural do livro didático a partir da percepção das diferentes abordagens que se faz dele nas inúmeras salas de aula de História. Já segundo Silva (2011), o livro didático deve ser pensado como documento histórico. Sua pesquisa apresenta uma proposta teórico-metodológica, fundamentada na história da leitura, nesse sentido, o autor tenta analisar criticamente os conteúdos, pensando o seu suporte material, sua faceta de produto comercial, seus usos e desusos por professores e alunos, dada a sua complexidade. Sobre sua utilização (do livro didático) como documento histórico o autor afirma que a mesma deve esta atrelada a uma metodologia fundamentalmente histórica, pois,
Entendemos que o uso de uma metodologia fundamentalmente histórica, no tempo presente, é essencial, pois torna-se possível pensar a complexidade dos livros didáticos por diferentes abordagens que