Dos números as condições de existência.
No estudo da população, na geografia escolar, ainda é comum o predomínio de conceitos e estatísticas que contribuem para aumentar o desinteresse dos alunos pela disciplina e ocultar as reais condições de existência da sociedade. Assim, é necessário um novo tratamento ao ensino da população na geografia escolar. O estudo da população deve ser aproveitado como uma forma de perceber a realidade da sociedade da qual fazemos parte. É necessário que seu modo de vida e tipo de produção fique evidente. Só assim a população deixará de ser algo quantitativo e abstrato (RUA, 1993; DAMIANI, 2008).
Nessa perspectiva, nossa proposta é unir recursos tradicionais e tecnológicos para resignificar o ensino-aprendizagem da população nas aulas de geografia e levar os alunos à compreensão da população para além da demografia, ou seja, para que possam compreender as verdadeiras condições de existência da população que os números camuflam. Atualmente, a Educação também se subordina aos ditames da Globalização, a um novo contexto econômico e sócio-político que impõe a adoção de um ensino moderno, imerso nas novas tecnologias educativas, mas sem abrir mão, totalmente, do ensino tradicional. O desafio é mesclar essas duas modalidades nas práticas educativas, especialmente na definição das metodologias e recursos didáticos.
Assim, nossa preocupação é contribuir com o ensino da população de forma mais crítica e elucidativa, mostrando que podemos construir aulas interessantes adotando meios tradicionais, bem como meios tecnológicos, a exemplo do computador e da internet que contribuem para que os alunos pesquisem dados demográficos locais que complementem e atualizem o livro didático, suscitando bons debates entre o local, o nacional e o global. De acordo com Rua (1993, p. 184):
Estudar a população em sala de aula é analisar a sociedade, o seu processo histórico, os seus