Epifania Abstrata
1. Ser ou Existir?
2. Essência e Entidade
3. Essência Eterna
4. A Essência e os Números
O Zero e Deus
5. Arquétipos, tipos e hipótipos
6. Existência e Subsistência
7. Existência: imanente ou emanente?
8. Subsistência: permanente ou remanescente?
9. Níveis de subsistência
10. Universo ou Multiverso?
11. O Ser Humano existe?
1. Ser ou Existir? Aqui faço considerações semânticas acerca dos termos dos quais frequentemente faremos uso nesse trabalho. Para refletir sobre as mais variadas formas de manifestação e de estado, precisamos, antes, analisar dois verbos extremamente importantes em nossa investigação: ser e existir. Se analisarmos apenas as formas e tipos que se manifestam no Tempo
(sucessão de interações entre entes em função do movimento relativo), o uso do verbo ser e suas derivações é suficiente. Mas, quando precisamos nos referir ao estado nãomanifesto, o verbo ser é totalmente inadequado. De fato, "a ausência de evidência não é evidência da ausência". Algo é (ou foi, ou será) apenas em sentido relativo (aos outros entes, em determinadas condições). Mesmo se soubermos que algo está por vir, ainda não o é em sentido relativo (não pode ser situado, descrito nem mesmo imaginado) nem tampouco em sentido estrito (em condições separadas). Quando algo está por vir, porém ausente da ideação, livre de condições, não há como dizer que será, é ou foi. O verbo que utilizaremos para este estado especial de ausência de evidências e condições, portanto, não será ser, mas existir. Existência é o estado de tudo quanto está livre de condições ou limitações de quaisquer ordens (vide na seção "Existência e Subsistência" mais explicações). Para o que existe, não há dimensões, nem oposições. Não há Tempo nem diferenças. Não há Consciência na ausência de condições, pois a