Monografia - subjetividade de clarice lispector
RESUMO: Este artigo analisa a obra de Clarice Lispector, procurando ver as subjetividades nela contidas, especificamente no romance A paixão segundo G. H. O objetivo é esclarecer a subjetividade desta obra, como também identificar e entender a narrativa intimista presente nas obras da autora. O alvo deste artigo tem também como primazia perceber que Clarice utiliza a narrativa intimista para atingir seus leitores em zonas mais profundas e inusitadas de seu ser íntimo, essa sondagem feita pela escritora determina características especificas de seu estilo. Suas escritas ilustram particularidades psicológicas das personagens e essas descobertas dão-se em fatos inusitados que podemos perceber na obra que será explorada neste artigo.
Palavras-chave: Clarice Lispector, Literatura Brasileira, Subjetividade, Narrativa Psicológica.
INTRODUÇÃO
O romance A Paixão segundo G. H., escrito por Clarice Lispector, é repleto de mistérios e, além disso, possui densas subjetividades que são uma propriedade singular da escritora. G. H. é uma personagem com uma história corriqueira, mas seu conteúdo é extremamente avassalador, pois desperta em nós, leitores, a curiosidade de entender a desintegração do seu Eu, a imersão da protagonista em um vazio que se inicia com reticências, numa perda evidente do seu Eu. G. H., que não fornece nenhuma identidade particular, é uma mulher que, após demitir sua empregada, resolve limpar o seu quarto e daí se depara com um inseto que condiciona a sua insólita reflexão sobre seu EU. Ao se deparar com um inseto, ela começa a refletir sobre sua existência e essência, desenvolvendo em seu íntimo uma inquietação homeopática que aumenta através de seu olhar numa ação constante de imaginação. Seus olhos são agora a janela para um novo mundo de descoberta, para o seu