O legado da Copa do Mundo
A Copa do Mundo FIFA acabou no último dia 14 de Julho, e desde o dia em que o Brasil foi escolhido para ser o país sede do evento, sete anos atrás, muito se falou e se debateu na mídia sobre o legado que o torneio iria deixar para o país. Mas qual o verdadeiro legado da Copa?
Para os políticos, a principal bandeira defendida para legitimar a realização do torneio em território brasileiro era o legado social e econômico que a competição iria gerar, afinal estádios seriam erguidos, aeroportos reformados e obras de infraestrutura seriam realizadas, o que geraria emprego, desenvolvimento econômico e traria benefícios a vida do cidadão brasileiro com as melhorias feitas para o torneio, num efeito semelhante ao repetidamente mencionado Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992. Também foi mencionado o alto ganho econômico na área do turismo, já que foi alardeado que milhares de turistas estrangeiros viriam ao Brasil para acompanhar o evento. Passada a Copa vemos que quase nada dessas previsões se tornou realidade. Os estádios de fato foram erguidos, porém com dinheiro público e não com da iniciativa privada como se esperava. O torneio não teve total apoio popular, e muitos protestos anti - Copa ocorreram no período pré Copa. As obras, com raras exceções, não aconteceram e o turismo foi decepcionante, pois como nitidamente percebido, porém ainda sem dados oficiais sobre o tema, a grande maioria dos turistas que vieram acompanhar a competição no Brasil era de viajantes com baixo orçamento, com foco em hospedagem e comida baratas, e gastando o dinheiro apenas em ingresso para os jogos e bebida alcoólica. Ou seja, legado quase zero nos setores social, econômico e o de turismo.
Em Relação ao legado esportivo, muito se falou sobre a oportunidade que a Copa do Mundo traria para modernizar o futebol brasileiro, desde a construção de arenas modernas, até administrativamente, como a criação de um calendário que valorizasse mais o produto,