o Juiz e o ceo

Miguel Goliva Dias
O que um juiz pode ensinar à um CEO, é um título autoexplicativo da matéria escrita por William Douglas, pela HSM Management, edição de Janeiro/Fevereiro de 2014. Seu texto é marcado por uma escrita leve, e um tanto humorada, entrelaçando noções de dentro do universo do direito com os, não tão diferentes, pressupostos do mundo da gerencia de empresas. O autor clama que tanto juízes quanto presidentes de empresas, ocupam cargos extremamente importantes, com papéis de liderança, e de alta responsabilidade. Dividindo sua narrativa em cinco momentos o autor primeiramente destaca os pontos chaves de comparação entre as duas profissões como, a capacidade de tomar decisões importantes rotineiramente, a ligação entre decisões de recursos humanos e decisões judiciárias, e também carga de trabalho pesada das duas profissões.
William Douglas passa então a se ater no que ele intitula como “Erros” das profissões, que poderiam ser vistos mais como complexos de comportamento comuns entre as duas profissões, ele destaca a autovalorização excessiva, o endeusamento, que leva ao isolamento dos indivíduos em seus cargos, a perda de um ideal ou a perda do foco dentro da profissão acarretando questões de corrupção, e o medo da responsabilidade de suas decisões, e a falta de coragem para encarar consequências, que faz com que processos e empresas encontrem momentos de inatividade ou pior, a indecisão leva à falência tanto moral quanto financeira. A falta de manutenção de conhecimentos também entra na lista do autor dando a ideia da falta de diálogo entre jovens promissores e pessoas mais experientes.
O terceiro momento do texto fala sobre os “Acertos” ou seja, o que um CEO pode aprender com um juiz, ele cita questões como “contraditório e ampla defesa” levando a intenção do modus operandi de um juiz para dentro de uma empresa, em sua concepção é necessário que um presidente escute com cautela diferentes versões sobre uma mesma questão, à fim de chegar à uma