O imperador e o rei
No Rio de Janeiro, começou a trabalhar no armazém do português Pereira, onde percebeu-se ter aptidão para os negócios. Com o tempo tornou-se empregado de confiança do português e controlador de seus negócios. Graças a sua habilidade de negociação, ganhou a simpatia do escocês Richard Carruthers, que se dispôs a educá-lo nos moldes do liberalismo econômico, prevalecente na Inglaterra, como por exemplo, o pensamento do fisiocrata Adam Smith que dizia: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada.
O Barão de Mauá, uma das figuras que mais se destacou no século XIX no campo da economia, das finanças e dos empreendimentos modernos, era um estranho no ninho. No ninho de um país ruralista, escravocrata e latifundiário, cuja economia vivia sob o controle estatal. Era um gigante em terra de anões.
Após uma visita à Inglaterra, Irineu decide mudar os rumos de seus negócios e resolve investir na Indústria, construindo uma Fundição e Estaleiro em Ponta da Areia, no Rio de Janeiro. Cria também a Companhia de transportes, Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas, Companhia de Iluminação a gás do Rio de Janeiro, Estradas de Ferro; inaugura a primeira linha de bondes do Rio e cria novos Bancos do Brasil, com filiais na Inglaterra, Estados Unidos, França, Argentina e Uruguai. Contudo, ao expandir seus negócios, começaram a surgir os grandes adversários que se incomodavam com a maneira diferente com que ele administrava e expandia seus negócios. A maior virtude da obra, contudo, é explorar o conflito entre a mentalidade progressista, industrializada, moderna, arrojada do Barão e o