O Hábito de leitura e sua Motivação
A leitura é um processo bastante complexo que envolve mais do que habilidades. Saber ler é saber o que o texto diz e o que não diz, o que o constitui significativamente; e mais ainda, quando principiamos a estabelecer relações entre as experiências e tentamos resolver os problemas que se nos apresentam, então podemos dizer que estamos procedendo à leitura, habilitando-se a ler toda e qualquer coisa. Pois, o leitor que compreende o que lê transforma o texto, transformando-se a si próprio, construindo um novo texto a partir de leitura realizada. E ainda, a leitura é não só uma ponte para a tomada de consciência, ao compreender e interpretar diferentes textos em diferentes linguagens, como também é um modo de compreender-se no mundo. Contudo, as leituras variam de pessoa para pessoa. Se um mesmo texto for lido por várias pessoas, cada um terá lido o texto à sua maneira, de acordo com sua visão de mundo, os sub-textos que estão inscritos em nós mesmos. Então, a leitura de mundo e a leitura da palavra vão sempre estar entrecruzadas. As nossas leituras nunca vão ser iguais, são singulares sempre. Segundo Barthes (apud SOARES, 1998, p.26), teremos quantas escrituras, quantos escritores, quantos leitores tivermos. Ninguém se torna leitor sem querer, mas por um processo voluntário, apoiado em múltiplas tomadas de consciência sobre as condutas de leitura e a maneira de aprender (FOUCAMBERT apud SOARES, 1998, p.49): “aponta que toda a ação para a formação do leitor começa e é permanentemente acompanhada por uma campanha de informação sobre a natureza da leitura e o que nela está em jogo”. Dentro desse contexto, o educador deve realizar atos de ler/escrever para que seus alunos percebam os usos e funções da leitura/escrita. O mais importante é expor os alunos ao contato com a língua escrita e com as diferentes formas de linguagem, pois a escrita possibilita ao sujeito poder representar graficamente suas idéias, sentimentos,