Resumo e Crítica ao artigo "Era uma vez"
Com este trabalho pretende-se averiguar de que forma a leitura de histórias contribui para o desenvolvimento linguístico precoce nas crianças em idade pré-escolar.
O processo de descoberta e apreensão da linguagem escrita considera-se um processo precoce, onde a criança desempenha um papel ativo e participado. As atividades de leitura e escrita são uma fonte e um meio importantes de exploração sendo as interações informais, atualmente consideradas meios importantes de aprendizagem para a linguagem escrita. Os vários elementos de cada família desempenham um papel importantíssimo na facilitação do processo de descoberta e apreensão dos aspetos funcionais, convencionais e conceptuais característicos da linguagem escrita. Uma prática com grande destaque é a leitura de histórias, pois é uma atividade importante e significativa, devido à variedade e riqueza de interações que pode proporcionar.
Problemática
Os estudos sobre práticas de leitura de histórias, para a população portuguesa, são bastante reduzidos. Assim, neste trabalho estão presentes, como principais questões de investigação os seguintes aspetos:
- Quais são os hábitos de leitura de histórias numa amostra alargada de pais portugueses?
- Quais as razões que levam os pais a lerem histórias aos seus filhos?
- Que relações existem entre a prática de leitura de histórias e os conhecimentos e motivações das crianças face à literacia.
Participantes
Participaram no estudo 310 pais e os respetivos filhos de idade pré-escolar, que frequentavam o último ano de Jardim de Infância. Eram todos de estatuto médio/médio alto, e pelo menos um dos pais possuía como habilitações mínimas o 12.º ano.
Instrumentos 1) Entrevista sobre a funcionalidade, com o objetivo de caracterizar o conhecimento da funcionalidade da leitura e da escrita; 2) Entrevista para a caracterização das conceptualizações sobre linguagem escrita, em que foi pedido às crianças que escrevessem algumas palavras com base na