O horizonte da critica radical

E com o passar dos tempos a geografia analítica foi perdendo a convicção em face as criticas que surgiram contra os seus métodos de bases frágeis e não convincentes, até mesmo por que o avanço dos anos e da tecnologia pediam novos conhecimentos mais aprimorados e a nova geografia não oferecia isso. Inserido nos modelos da geografia teoretica quantitativa estava a racionalidade, objetividade e acima de tudo considerava o espaço isomórfico.
Entretanto, o individuo não pode ser considerado um agente perfeito, a analise comportamental do ser humano deve considerar outros elementos como determinantes da ação social como um todo. Já é fato sabido que o espaço é carregado de valores, tradições, hábitos que se diferenciam e interagem; nesse contexto fazia-se necessário o aparecimento de uma geografia que combatesse estas ideias ultrapassadas fundamentadas no positivismo. A geografia radical veio com novas propostas baseadas no marxismo e no seu materialismo histórico e dialético, nas palavras do próprio Marx ele passava de forma clara a proposta da sua filosofia: “Reconhecer, para alem das aparências, a essência e a estrutura internas”. O pensamento de Marx girava basicamente em entender a sociedade a partir das diferentes relações sociais de produção no passar dos anos, compreendendo como se relacionam e como se transformam.
A Geografia com base no marxismo pretendia elaborar um método para a análise das contradições sociais no espaço levando ao entendimento deste mecanismo através do materialismo histórico juntamente com o método dialético. A Geografia Radical caminhou para um sistema de idéias na construção de um paradigma para o pensamento geográfico da sociedade. Desta forma essa nova corrente traz a tona o conceito de espaço social, traduzindo aí a dinâmica social inscrita em um espaço que é, simultaneamente, reprodutor das desigualdades e a solução desta; enfim, o espaço faz parte desta dialética que diverge e converge.
A influência do pensamento marxista na