o homem e sua comprensão
Fácil seria se, como muitos, não nos acometesse, aos pretensos filósofos, a ânsia de autoconhecimento, de autocompreensão. Nossa espiritualidade – enquanto tomamos por espiritual a nossa capacidade de abstração, de transcendência – é o que nos torna distintos, enquanto humanos, do restante da natureza, e por sermos capazes de por a nós mesmos no centro de nossa investigação, o fazemos sem maiores delongas, com ou sem método filosófico. Disso, percebemos o quão profundos são os fundamentos da nossa existência e quão necessário demonstra ser nosso ímpeto de autoconhecimento se quisermos desenvolver hábitos e habilidades que nos aproximem dos padrões de comportamento social e religioso responsável e sustentável.
Neste processo, buscando dar sentido às suas próprias ações, o homem questiona a si mesmo sobre sua função existencial. Se existe, qual seria? A sociedade realmente valoriza a ‘humanidade’ nos padrões que imprime?
Para chegar a responder a estes questionamentos, o homem, primeiro, tenta determinar para si uma base axiomática que lhe fundamente a verdade sobre o que pode ser de fato conhecido por nossa consciência intelectiva. A verdade passa então a ser discutida, e emerge daí as diferentes perspectivas sobre o conhecimento, dentre elas, o racionalismo, o idealismo, etc.
Sabemos que essas correntes de analise existencial hoje são consideradas pela antropologia filosófica, por exemplo, como reducionismos da visão de pessoa humana - ou do ser psico-físico-espiritual.
Com o avanço técnico científico, o homem descobriu-se como uma parte realmente muito ínfima de um grande sistema universal, que compreende realidades infinitamente menores que a dele [a do homem] e também infinitamente maiores, o que dificulta ainda mais a missão de determinar sua real razão de existir. No existencialismo de Sartre, como nos mostrou o material de apoio, por exemplo, o ser humano não existe por uma razão específica,