O homem no cerrado
O homem no cerrado
COMUNIDADES REMANESCENTE DO CERRADO
Vazanteiros (ou barranqueiros)
Povos que têm a vida ligada ao rio. Assim são os vazanteiros e barranqueiros que habitam as ilhas e barrancos de rios como São Francisco, Tocantins e Araguaia. Esses povos ribeirinhos observam as cheias que trazem peixes e renovação para a vida. Cultivam o milho, o feijão, o tomate e outros alimentos. Retiram o sustento da pesca, agricultura e criação de animais.
Quilombolas
No passado, época da escravidão no País, negros e negras se refugiavam em terras distantes a fim de se esconderem e viverem em liberdade. Essas terras ganharam o nome de quilombos. A imagem de escravidão propagada pela “história oficial” ainda permanece no imaginário das pessoas, fazendo com que a luta do povo negro e suas práticas de resistência não sejam verdadeiramente reconhecidas pela sociedade. Foi somente a partir da Constituição Federal, de 1988, que o tema quilombola entrou na pauta das políticas públicas do Governo Federal, graças à mobilização de organizações sociais. Dentre as bandeiras empunhadas pelas famílias remanescentes de quilombos, está a conquista dos títulos de posse de terra.
Quebradeiras de coco babaçu
Entre a Caatinga e o Cerrado, nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará, vivem as mulheres quebradeiras de coco babaçu. Elas somam mais de 300 mil mulheres trabalhadoras rurais que vivem em função do extrativismo do babaçu, uma das mais importantes palmeiras brasileiras.
Indígenas
No bioma Cerrado existem mais de 80 etnias, que no passado viviam exclusivamente da caça e da agricultura de coivara – um tipo de agricultura de corte e queima. Muitos dos Karajás, Avá-canoeiros, Krahôs, Xavantes, Xerentes, Xacriabás e Tapuias foram dizimados ou migraram forçados pelo colonialismo. Povos mais antigos a habitar esse bioma, são vítimas de conflitos locais com fazendeiros e grandes empreendimentos. Obrigados a se adaptar ao que resta de recursos