O Gênero Tirinha na mídia virtual
CAPÍTULO I
A PERSPECTATIVA TEÓRICA E ANÁLITICA DA ANÁLISE DO DISCURSO(AD)
1.1.Língua e o discurso
1.2.Noção de sujeito
1.3.Formações discursivas e ideológicas
A formação discursiva exerce o seu papel como práticas institucionais, de modo sistematizado, tendo o sujeito como agente discursivo, que constrói a FD a partir de elementos que a príncipio estão dispersos em relação ao conceito de unidade, porém com elementos organizados e decodificáveis dentro da temática a qual pretende ser proferida, expressa e moldada. Cabe a AD delinear os “padrões de formações” que regem essas formações discursivas.
Tais quais dependem do sentido que o interlocutor pretende chegar, viabilizar a ideologia expressa, pois a formação do mesmo necessita de um significado que traga no seu significante a informação necessária para o sentido pretendido do discurso.
O princípio de heterogeneidade lingüística consiste na articulação entre a organização e a dispersão. De modo controverso, por apresentar elementos que estão modificando-se constantemente. Segundo ORLANDI (2009, p.44):
Os sentidos não estão assim predeterminados por propriedades da língua. Dependem de relações constituídas nas/pelas formações discursivas. No entanto, é preciso não pensar nas formações discursivas como blocos homogêneos funcionando automaticamente. Elas são constituídas pela contradição, são heterogêneas nelas mesmas e suas fronteiras são fluidas, configurando-se e reconfigurando-se continuamente em suas relações.
Observa-se que há uma contínua transformação nos meios histórico-enunciativos, trajetos sociais semântico-argumentativos e nas materialidades discursivas, logo as mudanças nos conceitos da FD são refletidas na transformação do corpus, que é proposta em virtude da necessidade da AD expandir seu objeto de estudo, incorporando assim discursividades que estão envolvidas na linguagem verbal e não-verbal e a sua circulação em sociedade.
Em evidências representativas a linguagem